Colcha de Retalhos

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Ingrid Sidna

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Elizete Cardoso - A Divina!





Este ano, neste mês de julho pp, comemorou-se o centenário de Elizeth Cardoso, exatamente nos 20 anos de sua morte . Foi Chico Buarque quem disse: “Elizeth é a nossa cantora mais amada. Voz de mãe, mãe de todas as cantoras do Brasil”. O que o Chico fala ou escreve não se discute, e quem já ouviu a Divina, uma vez que seja na vida, sabe exatamente o que o poeta quis dizer. A mãe de todas as cantoras do Brasil cantou para este país, feito um canário da terra, por mais de 50 anos. Dos primeiros acordes na Rádio Guanabara, em 1936 (descoberta por Jacob do Bandolim), aos últimos acordes de seu coração, em 1990.
Menina de infância pobre e adolescência humilde, Elizeth trabalhou como pedicure, cabeleleira, telefonista e vendedora de cigarros. Mais tarde, depois de um casamento equivocado e um filho para criar, foi táxi-girl de casa noturna (o Dancing Avenida). Tudo isto, antes do transcendental encontro com Jacob e dos desdobramentos felizes que o destino lhe trouxe: conhecer o poeta e produtor Herminio Bello de Carvalho, que a dirigiu em shows, a ajudou a escolher repertório, cuidou de sua carreira e de seu coração. Mais detalhes, na biografia da Divina,Elizeth Cardoso, uma vida, escrita pelo jornalista Sérgio Cabral.
Mais detalhes ainda, com direito à voz, aos suspiros e depoimentos da cantora, só correndo atrás da caixa de CDs Faxineira das Canções (nome de uma linda música de Joyce, gravada por Elizeth no disco Luz e Esplendor, de 1989), que a gravadora Biscoito Fino lançou em 2003. Traz quatro álbuns fundamentais dessa que é uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos: além de Luz e Esplendor, tem Todo o Sentimento (de 1990), Ary Amoroso (1990) e Elizeth Jacob do Bandolim Zimbo Trio Época de Ouro (1969).

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