Colcha de Retalhos

Colcha de Retalhos
Ingrid Sidna

domingo, 27 de junho de 2010

New Orleans





Mas, afinal, por que o jazz surgiu no final do século XIX, em Nova Orleans? Para compreender esse fenômeno, é preciso lembrar que nessa época, no mundo todo, houve um movimento revolucionário nas artes populares. Na Inglaterra, as casas de espetáculo separam-se de seus antecessores, os pubs, na década de 1840, chegando ao ápice em 1890. Foi também nesse período, na Grã-Bretanha, que surgiu outro fenômeno da cultura da classe trabalhadora: o futebol profissional.
Na França, logo após a Comuna de Paris (1871), surgiu o chansonnier (cantigas) das classes operárias e, em 1884, apareceu o seu produto culturalmente mais ambicioso e boêmio, o cabaré de Montmartre. Na Espanha, uma evolução impressionantemente semelhante à norte-americana produziu o flamenco, que, como o blues, com o qual muito se parece, surgiu como canção folclórica, nos “cafés musicais” de Sevilha e Málaga.
Todos esses acontecimentos possuem duas coisas em comum: surgiram nas grandes cidades e serviam de entretenimento para trabalhadores pobres. Ou seja, são produtos da urbanização. Eles adquiriram valor comercial, pois investir nessas atividades era lucrativo, e cultural, já que os pobres e imigrantes precisavam de algum tipo de distração. A classe operária pôde se divertir graças ao entretenimento profissional (teatro de variedades, circo, show de aleijões, eventos esportivos, canto e dança) e ao desenvolvimento das canções rurais ou urbanas amadoras. No caso do jazz e do blues, pode-se dizer que as apresentações das bandas desses estilos musicais multiplicam-se a partir do momento em que os catadores de algodão (yard and field negroes) tornaram-se mercado consumidor de proporções expressivas.
Não se pode dizer simplesmente que o jazz nasceu em Nova Orleans, pois, de uma forma ou de outra, a mistura entre elementos musicais africanos e europeus estava se cristalizando em várias regiões dos Estados Unidos. Mas Nova Orleans merece o título de berço do jazz porque foi lá – e só lá – que a banda de jazz surgiu como um fenômeno de massa. Na década de 1910, a cidade tinha aproximadamente 90 mil habitantes negros e nada menos do que 30 bandas de jazz. Também é de Nova Orleans o legendário cornetista Buddy Bolden, que liderou a primeira banda de jazz, registrada historicamente em 1900.
O jazz nasceu e logo iniciou sua extraordinária expansão em velocidade e abrangência. De 1900 a 1917, o jazz tornou-se a linguagem musical da população negra de toda a América do Norte. De 1917 a 1929, além de evoluir muito rapidamente, tornou- se dominante na cena musical urbana norteamericana. E, finalmente, de 1929 a 1941, o jazz conquistou os públicos de elite da Europa e os músicos de vanguarda.

A Lanterna de Diógenes.







O velho (e sábio) Diógenes, na Grécia Antiga, estava certo. De lanterna a azeite em punho, andava pelas ruas de Atenas, em plena luz do dia, à procura dos homens virtuosos. De lá para cá, passados quase 3,5 mil anos, a realidade parece ser a mesma… Onde estão a honradez, a decência, o espírito público, a ética? Em que recôndito se escondem os homens de bem, que, tímidos, se acovardam diante de pessoas astutas, audaciosas, instigantes? Ao espaçarmos o olhar por nossa época, nossas instituições, nossos homens públicos, que retrato descreveríamos? O que contamos aos nossos filhos e alunos, diante de mais um escândalo que pipoca na mídia? Há quem diga que os escândalos alimentam a sanha de curiosidade popular,e são mera cortina de fumaça para encobrir o que realmente importa. Seria concentrar-se nas formigas que estão rastejando no chão, enquanto passa, ao lado, uma manada de elefantes. Pergunto-me: onde estão os “lanterneiros” e, por extensão, os homens honrados? Quando eles se pronunciarão? A “casa pública” está ruindo, as instituições – muitas seculares – estão doentes e seus “intérpretes” parecem figurar constantemente “à margem da lei e da ordem”, confiantes na impunidade. Sabemos bem dos “defeitos humanos” e ansiamos por encontrar, ao lado deles, minorando-os, as virtudes tão bem descritas por Aristóteles em seu tempo, que não são inatas, mas se adquirem com o tempo e com a prática constante. Estamos em ano de eleições, façamos como Diógenes, peguemos nossa lanterna e saiamos à procura do homem honesto, ou, menos corrupto. Votemos com consciência. Chega de barganhar o voto!

sábado, 19 de junho de 2010

O JAZZ / HISTÓRIA



O jazz surgiu das influências culturais na música negra no sul dos Estados Unidos. Sua origem vem, em primeiro lugar, das canções de trabalho que amparavam os negros durante o trabalho. Também vem da música religiosa, dos ritmos da música espanhola do Golfo do México, da estrutura e ritmo da música francesa, polcas, marchas das bancas, tendo como base de tudo o ritmo do negro.
Blue note: a música negra que, praticamente, serviu de base para o jazz foi o blues, forma musical cujo tema é expresso em 12 compassos e na qual aparecem as alterações melódicas e antigas do jazz: os intervalos de terça ou sétima menores, numa tonalidade maior. A qualquer dessas alterações se dá o nome de blue note. O blues exprime estados de espírito, geralmente relacionados com o viver, dormir, correr, amar e morrer. São melancólicos e aparecem depois da emancipação do negro, originários das canções e trabalho, da balada inglesa e do espiritual.
Os estilos do Jazz
Ocorre dos estilos do Jazz serem separads em décadas, mas apenas para que se possa ter uma visão definida de sua evolução. Por isso, não quer dizer que nas décadas seguintes, mesmo já com outros estilos, o anterior deixa de ser executado.
Ragtime (1890)
O ragtime foi o precursor imediato do período a que se chama Jazz Clássico de New Orleans. Teve uma parte de sua origem nas tentativas de pianistas negros copiarem a técnica das orquestras de instrumentos metálicos. Assim, mudavam o acento do tempo forte do compasso para fraco, ao tocarem marchas e também no repique do ritmo da gavota.  O ragtime é caracterizado por uma melodia altamente sincopada, tendo por acompanhamento um ritmo regularmente acentuado em notas graves.
Scot Joplin, do Texas, ficou conhecido como o Rei do Rag, tendo mais de 600 composições de sua autoria, para piano, orquestra, incluindo ragtimes, canções e valsas. Sua música não contava com a improvisação, elemento básico do jazz, mas tinha um ritmo muito característico e foram muito cedo usadas na improvisação jazzística. Mas o primeiro músico a se libertar das normas de composição e execução do ragtime foi Jelly Roll Morton. Com sua interpretação, transformou todo o material melódico do rag, conduzindo-o assim, ao estilo New Orleans, do qual foi um dos precursores.
 Morton revelou-se excelente arranjador em sua orquestra. O arranjo e a improvisação podem coexistiam perfeitamente. Decidia-se o esquema rítmico, depois se organizava as funções dos diversos blocos de instrumentos e era estudada a atuação de músico por músico, escolhendo-se os momentos em que cada um improvisaria. Portanto, o rage de Jelly Morton abriu o caminho para o jazz. Levou a tradição do ragtime para Chicago e Califórnia. 
O declínio do ragtime ocorreu no final da Primeira Guerra Mundial, pois Joplin tinha tornado o rag requintado e sério demais. O interesse voltou-se então para Morton, que neste momento já estava improvisando no rag e, assim, fazendo o jazz, o que abriu espaço para a fase seguinte.
(Próxima postagem (O Jazz de New Orleans).





Religiões



Um Mundo Assim


“Há apenas um mundo e ele é falso, cruel, contraditório, sedutor, sem sentido. (...) Um mundo assim é o verdadeiro mundo (...). Precisamos da mentira para triunfarmos sobre essa realidade, essa "verdade", i.e., para viver. (...) Que a mentira seja necessária para se viver é parte desse carácter terrível e questionável da existência
 
Friedrich W. Nietzsche (1844-1900)

Interlúcido


Triangulos suspensos (composição digital)

Salvador Dali aos vinte anos.


Muchacha en la ventana
Salvador Dali (1904 - 1989)

UM JARDIM!




Um divino clarão vem do nascente
E sobre o meu jardim calmo resvala!
Na graça deste quadro reluzente,
A aragem fria os meus rosais embala! 
Tudo desperta misteriosamente!
E a luz cresce e se expande em doce escala,
Avivando o Iençol resplandescente
Da brancura dos lírios cor de opala! 
E o sol, doirando as franjas do horizonte,
Celebra a missa do romper da aurora
Na doce Eucaristia do levante! 
Da passarada escuta-se o clarim !
E a madrugada estende-se sonora,
Na aleluia de luz do meu jardim ! 











Morangos



Quem resiste!

Morangos com açúcar, com chocolate, com chantilly... A verdade é que eles são deliciosamente irresistíveis!


Isso é liberdade!

Nosso Alvorecer


BIG BANG




O Universo em que vivemos está expandindo. Nós sabemos isso porque nós vemos galáxias e grupos de galáxias se deslocando no Universo. Esta expansão tem ocorrido desde que o Universo foi formado a 15 bilhões de anos, durante um quente e denso evento conhecido como Big Bang.