Colcha de Retalhos

Colcha de Retalhos
Ingrid Sidna

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Clarice Lispector


Qualquer tentativa de definir Clarice Lispector é ingrata. Tanto para quem escreve sobre ela e sua obra, como para ela mesma, que parece não ter alcançado a grandeza de si própria durante a vida: “Sou tão misteriosa que não me entendo”.Complexas, a obra de Clarice e a sua figura resistem a definições simples, diretas, claras. Paradoxalmente, sua literatura é de uma clareza quase cegante: à luz de seus textos, o leitor enxerga seus próprios labirintos, as dúvidas, os medos e os possíveis caminhos que levam ao autoconhecimento. Mesmo que esses caminhos desemboquem em dúvidas renovadas e questões que jamais se calam. “O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

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